A opinião de quem foi
Desfrutar de um período sabático é uma forma de sair da rotina, para fazer um balanço da vida
Dezembro 2008
A opinião de quem foi ANA ELISA SALVATORE, 34 anos,designer gráfica.
“Faço as viagens solidárias e sempre me surpreendo com o conforto que encontro, além da hospitalidade. É uma viagem para conhecer novas realidades. Você aprende a dormir em rede, se habitua a comer rapadura, a ouvir os causos, a ir ao forró e a ficar sentada, vendo a vida passar. Sempre volto com a sensação de que ampliei minha visão da vida. Eu me inspiro nas pessoas que conheci e percebo que, na volta, passo a lidar com os desafi os de forma mais tranqüila. Outra coisa emocionante é o laço que se cria com essas pessoas. Até hoje falocom gente que me hospedou e que me chama de filha. É uma viagem na qual se ganha muito.”
PRISCILA ZACCARELLI, 39 anos, dona-de-casa, fez o Cruzeiro Bem-Estar.
“Foi uma viagem especial. Já havia feito vários cruzeiros, mas o temático tem aspectos mais atraentes. Você conhece pessoas com as quais se identifica, faz coisas que ama, tem palestras sobre assuntos que interessam e reforça uma opção de vida. Eu já sou bem saudável e voltei da viagem ainda mais. Eu me senti benefi ciada com as palestras de nutrição e as aulas de atividades físicas. Exercitar-se olhando para o alto-mar é uma terapia. Eu fazia exercício e internamente agradecia a oportunidade de viver aquilo. Só posso dizer que voltei da viagem num superalto-astral, muito bem disposta e mais magra.”
ROSELENE SCALABRIN, 45 anos, empresária.
“Fiz o Caminho do Sol com outros 94 peregrinos. Andamos em trilhas, na zona rural, cruzando fazendas lindas, cada um em seu ritmo. No fim, nos tornamos grandes amigos. Passar 11 dias com pessoas que você nunca viu, dividindo momentos bons e outros nem tanto (como chuva, bolhas nos pés e fadiga muscular) é um aprendizado. Quando terminei, tive um sentimento de paz e fraternidade e uma vontade de que essa sensação não me abandonasse. O mais importante era tentar levar isso para a rotina. Depois disso, abri uma consultoria, me separei e consegui trilhar um caminho mais meu, mais feliz.”
ANA BIZZOTTO MELO, 24 anos, jornalista, viajou com as dicas do site Hospitality Club.
“Fui para Munique, na Alemanha, há dois anos e fiquei hospedada no sofá de uma alemã. Fui bem recebida: a casa ficava bem localizada e a anfitriã explicou direitinho como chegar lá. As principais vantagens são economizar e conhecer pessoas que vivem no lugar e podem dar dicas dos melhores pontos para visitar. A desvantagem é a falta de privacidade – você costuma ficar no sofá da sala de um desconhecido. Outro ponto negativo é a incerteza das intenções de quem vai te hospedar. Não estava segura, mas os depoimentos sobre a alemã no site eram ótimos.”
VERA COUTO, 53 anos, psicóloga junguiana.
“Eu posso dividir minha experiência de vida entre antes e depois da viagem para a Grécia. Estudava o país havia cerca de 15 anos e chegar lá, ver tudo que li em Homero, conhecer o palácio do rei Minos, passear por Creta e visitar Delfos foi uma experiência da ordem do grandioso. Ter o especialista com o grupo foi genial porque ele abre os olhos para detalhes que você não veria sozinho ou dos quais não entenderia o sentido. O especialista pega você pela mão e fala: ‘Presta atenção nisso porque...’ e aí vem a história que torna aquilo tão colorido. Ele também abre acesso para locais que um turista convencional não visita, como uma caverna a que fomos onde aconteciam os rituais de Dionísio. Fiz essa viagem quatro anos atrás, mas ela ainda não terminou – os desdobramentos estão presentes em meu dia-a-dia. Até hoje, faço aulas de grego e danças gregas, estudo autores que descobri durante a viagem, realizo pesquisas de trabalho. Sem dúvida, é um antes-e-depois em minha vida.”